Sempre me perguntam, qual o treinamento que um broder deve ter? Eu sempre digo: empatia é a primeira qualidade. A segunda, o treino em perguntar sempre. Percebo por vezes um ar cético no interlocutor.

Conto meu caso aqui, para ilustrar como cheguei a essa conclusão. Sou biólogo, não tenho treinamento específico como cuidador ou em cuidados à saúde.

Tenho 54 anos. Nesse tempo de vida, já presenciei diversos acidentes e fui ajudar pessoas acidentadas, de várias maneiras. Em todos os casos, percebi que, para manter a pessoa imóvel até chegar o socorro médico, o mais importante era o ouvir empático. Em uma experiência muito forte, testemunhei uma pessoa agonizando. Assassinada. Nesse momento, pouco a fazer senão estar atento ao que a mesma expressa, um olhar de solidariedade e uma oração.

Se você tem dúvidas de como agir, pergunte que eles te ensinam”

Sempre gostei de ser voluntário. Na faculdade, fui um dos autores de um projeto de educação ambiental para cegos. No primeiro dia de atividades, quando vi chegar o ônibus com dezenas de pessoas, de crianças a idosos, apresentando diversos graus de comprometimento da visão, me apavorei. A professora da Universidade que os trouxe, vendo meu pânico, disse: – Se você tem dúvidas de como agir, pergunte que eles te ensinam. Sempre lembrei disso. E usei a dica. Nos momentos de educador/voluntário, seja com pessoas com deficiências diversas, idosos, crianças e cia, essa estratégia – perguntar – sempre funcionou. Fui voluntário no CVV em Curitiba, uma experiência que me ensinou muito sobre a importância da escuta empática. Quando fiz uma cirurgia no ligamento cruzado do joelho e precisei de ajuda para me deslocar, sempre tive auxílio de amigos e parentes. Isso fez toda a diferença.

Mais recentemente, com o processo de envelhecimento e de alguns problemas de saúde de minha mãe, outra fase que me marcou foi o que ela disse por várias vezes: – velho gosta de atenção. Junto com os cuidados médicos, essenciais, a cada limitação dela, sentia cada vez mais que eu devia justamente seguir a dica. Estar atento ao que ela gostava, fazer pequenas surpresas. Passear de cadeiras de rodas por seus lugares favoritos e encontrando as pessoas que ela gostava. Os efeitos eram perceptíveis em sua pressão arterial e glicemia, após a convivência afetuosa comigo ou com familiares e amigos e na qual ela era sempre consultada e se sentindo no controle, mesmo com as limitações crescentes.  Nos tempos recentes, com maiores restrições e menos consciência plena, o possível é expressar o afeto no olhar, na fala, no estar por perto. 

Anos atrás, ao oferecer o serviço de conserto de cadeiras de rodas, convivi com idosos em casas de repouso, e cadeirantes em geral. Por vezes era necessário fazer o transfer para outra cadeira, para o carro. Percebi claramente que, ao perguntar “como você acha melhor fazer?”,  tudo sempre corria bem. E praticamente nunca o procedimento é o mesmo. Pessoas diferentes, histórias diferentes. Corpos diferentes. Necessidades diferentes.

Dessa colcha de experiências foi tecida a empresa Broder. Sem dúvida, o acompanhamento médico especializado é fundamental. Mas como seres sociais que somos, a interação pessoa a pessoa é essencial para nosso bem estar. O broder é uma pessoa empática e disposta a ouvir e seguir da pessoa que lhe chamou, as instruções necessárias para sua segurança e conforto. Mas, principalmente, o broder propicia uma experiência pessoal positiva. Um apoio empático para momentos que a pessoa precisar. Os broders recebem sim pelos atendimentos, são avaliados. São cuidadosamente selecionados, de acordo com os valores que fazem parte de nosso “DNA” empresarial: empatia, propósito, compromisso, disponibilidade. Para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Independente do qualificativo que se segue – com deficiência, idosa, convalescentes ou outros – sempre a Broder se preocupa com pessoas!